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terça-feira, 1 de julho de 2014

Cabelo bom. Cabelo ruim - livro gratuito


"(...) Como lidar com o exercício humano de diferenciar sem que ele se torne discriminatório? O que fazer quando as crianças se dão conta da diferença entre a cor e a textura dos cabelos, os traços dos rostos, a cor da pele? Como evitar que esse processo se transforme em algo negativo e excludente? Como sugerir que as crianças brinquem com as diferenças no lugar de brigarem em função delas? (...)"
Leia "Cabelo bom. Cabelo ruim"
http://www.usp.br/neinb/wp-content/uploads/NEINB-USP-VOL-4.pdf
para evitar abordagens que provoquem em crianças negras, sobretudo nas meninas, a ideia de que seus cabelos crespos são esquisitos.


Daqui você pode ir até o meu mais curto poema: Atitude.

Máscaras 3


Que minhas faces me sejam leves 
no caminho do encontro com a minha pele.

O breu que é meu


Não tema o meu gosto pelo escuro.
Lá do fundo do bem fundo
dos meus olhos,
ainda vem um facho ateado
que me resgata
do breu maior que há em mim.

Não tema. Esse meu gosto
é profundo,
mas se mente na superfície
da luz que plantei.

Não tema o meu gosto pelo escuro.
Lá no fundo, bem no fundo
dos meus olhos,
é lua cheia.
Ainda que às vezes,
meia.



Você também pode gostar de ler Soneto de mim e de cada um.

Do endemismo que há em mim

Foto: Heyder Vasconcelos Aragão

Algumas espécies de gente
que habitam o mundo
também me habitam.

Mas esta,
bem assim como vês,
é nada cosmopolita;
só acontece cá dentro,
nesta região de mim.

Eriocaulacea que insiste.
Sempre-viva
em chapada de diamante. 

Máscaras 1


Minha poesia é minha máscara. 
Nela suporto a deliciosa loucura que é ser eu mesma.

Máscaras 2


eu traio-me
tu trais-te
ele trai-se
nós traímo-nos
vós traís-vos
eles traem-se

ou apenas
inventamos formas
de sobreviver