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Setembros mágicos tocam
as amendoeiras da minha cidade,
e elas, obedientes, douram os chãos
De folhas contorcidas
E com uma quase saudade do brilho de antes
Estendem o tapete por onde passam
A senhora e o menino
O cão, o executivo
E o vendedor de pipoca
Por favor, poupem a arte do tempo
Não varram as folhas
Das amendoeiras da minha cidade
Que as quero sonorizando ruas de ouro
Em vindos sóis de setembro
Mas por favor, varram as folhas
Das amendoeiras da minha cidade
Que, de tantas que são,
Talvez cismem de fazer montes
E encobrir-me a bela vista
Das amendoeiras da minha cidade
Lindo,
ResponderExcluirGostei muito. É bom saber da sensibilidade das pessoas às maravilhas da natureza que, maior parte das vezes, passam despercebidas, por conta da rotina do sobreviver.
José Correia,
ResponderExcluirBom é saber que há pessoas que dedicam um tempo a trocar ideias sobre essas impressões que a vida nos provoca. Sobre a "rotina do sobreviver", costumo dizer que A POESIA ME SALVA UM POUCO, TODO DIA.