Acorde, bela dama!
Desça da santa colina
Desça da santa colina
E venha
Nestes versos
De carona
Comemorar sua história
Visitar suas lembranças
Vasculhar sua memória
Vamos tomar mingau no Mercado
Comer siri com beiju
E esperar, ali mesmo
Sentindo a brisa
Do outro lado
Peixe fresco e mariscado
Do barco de Seu Lisboa
Acorde, que a vida é boa
Quando se pode ficar
Na Ponte do Imperador
Para de lá vislumbrar
A certeza do encontro
Entre o rio e o mar
Venha cozinhar caranguejo
E preparar o almoço de logo mais
Sarapatel, feijoada
Pirão de peixe e buchada
Moqueca de arraia
E mais pirão
De guaiamum, de capão
Carne de sol com pirão de leite
E uma ostra com azeite
Pro estômago mais delicado
Da senhora e do senhor
Pra rebater ainda vai
Uma tacinha de licor
De jenipapo ou pitanga
E se for tempo da fruta
Vai bem um suco de manga
Não esqueça a sobremesa
Jaca, banana, goiaba
Tudo feito doce em calda
Valei-me, não deixe faltar
O picolé da Cinelândia
Quero um de coco, branquinho
Com sabor de minha infância
Ande, que o Sol já se põe
Bonito, lá na Atalaia
Traga Henrique e o violão
Aquele do velho Teles
Feito de corda e canção
Diga que chame Joésia
Porque cantoria boa
Precisa ter mesmo a força
De sua alma leoa
Venha com Joaquim Antônio
E peça que não se esqueça
De sua Viola de Fita
Pro povo ficar mais alegre
Pra festa ficar mais bonita
Junte Sena, Irmão e Tom
Com os meninos de Amaral
Queiroga, Antônio Rogério
Paulo Lobo e Sergival
Pra terminar, vamos lá
Na barqueata de Osmário
Buscar depressa Clemilda
Pra fazer forró no asfalto
Com Josa, Edgard e Erivaldo
Agora a noite vai alta
No tabuleiro pintado
Por Jota, Fernandes e Leonardo
Em cima dos areais
Dos brejos
Dos manguezais
Ah! Aracaju!
De um jeito ou de outro jeito
Não se arreda o pé daqui
Seu povo ainda resiste e cumpre
Religiosamente
A determinação de seu cacique
Alma soberana
Adorei!
ResponderExcluirVocê por aqui de novo, Eliane.
ResponderExcluir