Noite de fado em Lisboa |
Que não me falte a solidão.
Que eu entenda
Que minha mãe é minha mãe,
Meu amigo é meu amigo,
Meu amante é meu amante.
Que uns e outros me dão presença,
Compartilham bens,
Mas uns são uns,
Outros são outros,
E eu sou quem tem que saber de mim.
Sou a dona do percurso,
Autora dos recomeços
E de todo meio depois dos fins.
Que não me falte a solidão.
Que eu não me esconda daqui de dentro,
Que não lhe imponha que me ampare,
Que eu só use parapeitos
Para demorar meus olhos sobre paisagens.
Que não me falte a solidão.
Que ela me tome em dias quentes,
Que me acometa em noites altas,
Que me dê sentido e direção,
Ave Maria cheia de graça....só uma oração para nos amparar na hora dessas verdades que lemos da sua boca cheia de sabedoria! Lindaaaaaa de viverrrrrr Aglacy!!! Bravo!!
ResponderExcluirObrigada, Dior. É muito bom saber que algumas de minhas palavras chegam a algum lugar.
ExcluirSem palavras. Só um suspiro.
ResponderExcluirTambém me sinto assim, Joelba, depois dessas palavras que se me precisavam ditas. Volto a elas, vez e outra, para que me lembrem...
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